domingo, 20 de dezembro de 2015

— Oi mãe! Já montamos a árvore. Que foi?  — Bebel: — Florianinho eu estava lembrando do meu vô. Na manhã de uma véspera de Natal...

O NATAL DE 1992

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— Oi mãe! Já montamos a árvore. Que foi? — Bebel:
— Florianinho eu estava lembrando do meu vô. Na manhã de uma véspera de Natal ele me deu esse anel. — Ela mostra o anel e Florianinho:
— Que lindo! Ele tinha muito bom gosto! 


EM 1992...

— Esse sofá ainda acaba com a minha coluna! — Nenê:
— Papai, eu lhe prometo que assim que a situação melhorar eu lhe compro uma cama nova. — Flor:
— Ai minha filha. Do jeito que está o país ... eu não sei. — Lineu:
— Bom dia! — Flor:
— Bom dia! Ontem nem falei com você. — Lineu:
— Ah sim! Como foi a reunião da Associação dos moradores? — Flor:
— Péssima! Se a situação financeira do Paivense não melhorar até o Carnaval. O clube fechará as portas. — Tuco:
— Tá vendo Bebel, a crise não só acabou com a sua festa como acabou com o clube também. — Bebel:
— Ahhhhhh! — Bebel começa a chorar e corre pro quarto. Lineu se levanta da mesa e seu Flor diz:
— Deixa Lineu! Eu vou! — Seu Flor se levanta da mesa, pega um presente embaixo da árvore de Natal e vai até o quarto de Bebel. — Posso entrar? — Bebel com voz de choro responde:
— Pode! — Flor:
— Minha filha, não fica assim. Hoje é um dia de festa! A meia-noite vamos celebrar o nascimento do menino Jesus. Alegria! — Bebel:
— O Tuco fica lembrando. — Flor:
— É coisa de irmãos. Olha! Vou lhe dar seu presente de Natal. Mas você tem que me prometer que não vai mais chorar. Promete? — Bebel:
— Prometo! — Flor:
— Abra! — Ele entrega. Babel abre e vê um anel:
— Que lindo! — Flor:
— Este é o anel de noivado da sua avó. Quando pedi ela em casamento não tinha dinheiro e comprei uma bijouteria. Depois que a Nenê nasceu e estava melhor de vida eu mandei fazer uma joia igualzinha. Eu combinei com a sua mãe e ela concordou que ele vai ser seu. E você vai me prometer que você não o venderá que você vai dá-lo pra sua primeira neta. — Bebel:
— Eu prometo vô!

Na sala...
— Bom dia! — Tuco:
— Chegou o folgado do Agostinho. A ceia é só a noite! — Tinho:
— Eu sei. Vim trazer minha colaboração. A sobremesa. — Nenê:
— Obrigada Agostinho. — Tuco:
— Você trouxe os ingredientes? — Tinho:
— Você acha que eu sei fazer Rabanada? — Tuco:
— Num tô acreditando! — Lineu:
— Pela primeira vez o Agostinho está agindo certo. Ele combinou com a Nenê e com a mãe dos gêmeos que ele ia comprar os ingredientes. Depois a mãe dos gêmeos e a Marilda vão vir aqui ajudar a fazer a Ceia. — Tuco:
— Foi mal! — Nenê:
— Agostinho, você comprou pão fresco! — Tinho:
— Claro! Fui agora mesmo na padaria do seu Manoel. — Nenê:
— Pão de rabanada tem que ser amanhecido. Eu vou na padaria ver se dá pra trocar. — Tuco:
— Num dá uma dentro! — Tinho:
— Eu ainda perguntei pro Beiçola. Beiçola, qual é o pão de rabanada. — Agostinho imitando o Beiçola. — Agostinho! Aquele pão que parece uma bengala! O pão italiano! — Lineu:
— Esse erro é passável. 

A NOITE...

— Que maravilha! Devíamos repetir isso mais vezes. — Marilda:
— Concordo! O Mendonça ia amar a ideia. — Tuco:
— Ele se convidou para vir aqui ano que vem.  — Beiçola chega:
— Boa noite! Eu trouxe alguns pasteizinhos para um aperitivo. — Flor:
— Pequenos mesmo. Parecem biscoitos. — Seu Floriano experimenta um pastel. — Vento! Num tem recheio! — Beiçola:
— São aperitivos. — Flor:
— Semana que vem traga recheado! — Pablo, Paulão e Agostinho chegam. Bebel:
— Tinho! — Tinho:
— Feliz Natal! — Pablo:
— Feliz Natal a todos! — Paulão:
— Boa noite! — Maria:
— Deixa arrumar a gola da sua camisa. — Mendonça chega:
— Lineuzinho! — Lineu:
— Entre! — Mendonça:
— Eu trouxe a champanhota! — Lineu:
— Obrigado! — Tuco:
— Agora que chegou todo o mundo podemos comer! — Flor:
— Não! Ceia de Natal é após a missa do Galo. — Pulão:
— Aquela da meia-noite? — Flor:
— Meia-noite na Itália. Que horas são na Itália? — Pablo:
— No Vaticano são exatamente vinte e duas horas e quarenta e cinco minutos (22:45). — Tuco:
— Então temos que esperar uma hora e quinze? — Pablo:
— Uma missa leva cerca de duas horas para acabar. — Lineu:
— Ou seja, vamos ceiar as onze. — Tuco:
— Beiçola, cadê os biscoitos de pastel? — Bebel:
— Então vamos trocar os presentes. — Maria:
— Não! Os presentes são dados depois da ceia. — Tinho:
— O que vamos fazer até a hora da ceia? — Maria:
— Contar as histórias de natal! — Pablo:
— Mammy eu adoro essas histórias! — Paulão:
— Mãe! Ninguém aqui é mais criança. — Maria:
— Muito bem! Então como surgiu o presépio? — Paulão olha para Pablo:
— Não olha pra mim! Eu não sei! — Maria:
— São Francisco de Assis queria uma forma de lembrar a todos do nascimento de Cristo...


HORAS DEPOIS...

E foi assim que São Nicolau passou a ser chamado de Papai Noel. — Mendonça:
— Eu não sabia de nenhuma dessas histórias. Eu aqui vestido de Papai Noel e nem sabia que ele tinha existido. Eu achava que era uma invenção para as crianças irem dormir cedo. — Beiçola:
— Eu não sabia que os judeus comemoravam a Festa das Luzes ao invés do Natal. — Marilda:
— E eu que as bolinhas na árvore simbolizam os frutos, portanto a vida. — Flor:
— Onze horas! Vamos à mesa que eu quero falar algumas palavras! — Nenê:
— Vou colocar o peru. — Flor:
— Eu queria primeiramente agradecer a presença de todos. A minha filha e aos amigos que estão aqui pela primeira vez. O Natal simboliza o nascimento de Cristo que veio até este mundo para nos ensinar que o mais importante é o Amor. E a maior prova de amor que existe é a Família. E esta mesa com doze pessoas me lembra o primeiro natal que passei com a minha Leonor. Na casa dos pais dela com seus irmãos e sobrinhos. Quero propor um brinde! Um brinde pela família! E juntos vamos superar qualquer tipo de crise! — Eles brindam e aplaudem o Seu Floriano.

APÓS A CEIA...

— Vamos começar o amigo secreto? — Tinho:
— Antes eu posso dar um presente para uma pessoa especial? — Bebel:
— Ai Tinho! — Lineu:
— Pode Agostinho! — Tinho:
— Seu Floriano este presente é para o senhor que é como um pai para mim! — Flor:
— Agostinho! Muito obrigado! — Seu Floriano abre o presente. — Um rádio de pilha! Vai ser muito útil! — Lineu:
— Seu Floriano por que o senhor não começa. — Floriano:
— Certo! Minha amiga secreta é uma mãe maravilhosa, cozinha muito bem e tem dois filhos. — Mendonça:
— Dona Nenê! — Paulão:
— Minha mãe! — Flor:
— Acertou! Maria Feliz Natal! — Maria:
— Obrigada seu Flor! — Ela abre o presente. (Panos de prato) — Meu amigo secreto. É um menino muito inteligente, mas sapeca. Que eu cuido como se fosse um filho. — Paulão:
— O Pablo. — Pablo:
— Ela tá falando do Agostinho. — Tinho:
— Dona Maria muito obrigado. A senhora é a melhor madrinha que eu tenho. — (Uma camisa.) — Meu amigo secreto trabalha numa repartição, tem uma mulher muito ... simpática e tem um carro vermelho. — Paulão:
— Seu Lineu. — Tuco:
— Ficou daltônico! O carro do meu pai é laranja! Ele tá falando do Mendonça! — Mendonça:
— Obrigado! — (Um par de meias) :( — Um presente singelo! O meu amigo secreto vai ser o melhor veterinário que este país já viu! — Bebel:
— O Tuco! — Tuco:
— Obrigado Mendonça! — (Um carrinho de brinquedo) — O meu amigo secreto tem um irmão gêmeo e fala um pouco errado. — Pablo:
— O Paulão! — Paulão:
— Obrigado Tuco! — (Uma camiseta) — Meu amigo secretos é o Lineu! — Maria:
— Filho, a graça da brincadeira é fazer as pessoas adivinharem quem é o seu amigo secreto. — Lineu:
— Muito obrigado! — (Uma agenda) — Eu vou usar muito. Fez uma boa escolha, Paulão. — Paulão:
— Obrigado. — Lineu:
— Minha amiga secreta é uma mulher fora de série, empreendedora, carismática e zelosa. — Paulão:
— Dona Neném! — Beiçola:
— A Marilda! — Marilda cochica com Maria:
— O que é empreendedora? — Maria:
— Dona do próprio negócio. — Lineu:
— Acertou Beiçola! Espero que goste foi a Nenê que escolheu! — Marilda:
— Obrigada. — (Um vestido) — Minha amiga secreta num é nada secreta. É a pessoa mais maravilhosa que já conheci e graças a ela. Eu sou quem sou hoje. — Nenê:
— Marilda! Obrigada! — (Um vestido também) — Meu amigo secreto é um menino de um coração enorme, inteligente e generoso. — Beiçola:
— O Pablo! — Pablo:
— Muito obrigado! A senhora é muito gentil! — (Uma gravata) — Minha amiga secreta é  uma pessoa muito animada, amorosa e amiga. — Bebel:
— Pablo! Obrigada! — (Um diário) — Meu amigo secreto. Chama-se Abelardo. Ele é um filho muito dedicado e é econômico. — Paulão:
— Quem é Abelardo? — Beiçola:
— Sou eu! Muito obrigado! — (Um cofrinho) — Bem... só falta uma pessoa! Seu Floriano Feliz Natal! — Tuco cochica com Bebel:
— Podia ter chamado de pão-duro. — Flor:
— Obrigado! — (uma cueca samba-canção) — Eu queria agradecer a todos pela noite maravilhosa e ... Maria! Você está toda empipocada! — Pablo:
— Mammy, você bebeu Cidra? — Maria:
— Não filho! — Marilda:
— Mendonça! — Mendonça:
— Bem... eu ... troquei os rótulos! — Beiçola:
— Você podia ter a matado! — Paulão:
— Pois eu vou lhe matar! — Tuco e Tinho seguram Paulão. Lineu cochicha com Nenê:
— Algo me diz que nunca mais os natais serão tranquilos! — Nenê:
— Não mesmo!    



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